Uma lenda é uma narrativa, que se desenrola num espaço e tempo determinados, e que tem como fundo algo verídico, que aconteceu de facto ao longo da História. No entanto, parte da história é inventada pelas pessoas, ou seja, não é uma verdade oficial. Está ligada à imaginação, ao maravilhoso: algo que acontece sem que possamos explicar, mas que usamos para justificar um determinado acontecimento. Por exemplo, na lenda do Galo de Barcelos (que pode ser lida aqui: http://www.raizesportuguesas.com/pages/content/lenda-do-galo-de-barcelos.html), parte da história é verdadeira mas outra faz parte do fantástico: é impossível um galo assado, ou seja, já morto, cantar.
Já um conto tradicional é uma narrativa curta ficcionada, ou seja, inventada, imaginada por um autor. Não conseguimos perceber o tempo e o espaço da narrativa, ao contrário do que acontece na lenda; na maior parte das vezes, começa com a expressão "Era uma vez, numa terra muito longínqua...". O autor do conto tradicional é desconhecido, pois estes contos fazem parte da cultura de um povo e vão sendo passados de geração em geração (os pais contam aos filhos, que vão contar aos seus próprios filhos e assim sucessivamente). À medida que vai sendo contada, vão sendo acrescentados novos pormenores à história e é por isso que se diz que um conto tradicional é uma construção coletiva, ou seja, é contruído por um grande conjunto de pessoas, que vão contando e recontando à sua maneira. Um exemplo de conto tradicional é " A Carochinha e o João Ratão".
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